Primers, Serão Mesmo Necessários?

 Até há bem pouco tempo era uma autêntica descrente no que a primers de rosto dizia respeito.

 Achava que, para ocasiões especiais e concretas, em que a pele tinha de estar radiante, hidratada, luminosa, sem vestígios de imperfeições e oleosidade, em suma, imaculada, ou ainda nos casos em que a maquilhagem tinha ser obrigatoriamente de longa duração ou de alta-definição, os primers eram imprescindíveis.

 Contrariamente, no dia-a-dia, regra geral, achava que eram uma perda de tempo e pior, podiam até ser prejudiciais para o estado e a aparência da nossa pele, na medida em que diversos primers, pela sua composição, obstruíam os poros e provocavam imperfeições (comedões fechados, borbulhas, etc.), quando usados regularmente.

 

 Desta forma, fugia de primers como o tão conhecido e adorado Sephora Collection Perfecting Ultra-Smoothing Primer devido ao alto teor de silicones, já que não gostava da sensação no rosto, nem da oleosidade que no meu rosto parecia ser ainda maior após a aplicação deste primer.

 

 Posto isto, é certo que continuo a pensar o mesmo em relação a determinados primers, que provocam efectivamente os problemas mencionados quando usados com regularidade.

 No entanto, ainda que não utilize primers sempre que me maquilhe, seja porque vou estar poucas horas maquilhada, seja porque a maquilhagem é muito leve, somente para não parecer uma zombie, ou seja porque sofro de uma preguiça imensa naquele momento, a verdade é que me rendi à eficácia incontestável de alguns primers.

O primeiro a ganhar um lugar especial no meu coração foi o Mac Prep + Prime Face Protect SPF50:

 

 No Verão é sempre uma quimera encontrar um regime de cuidados de rosto adequado e conjugá-lo com maquilhagem que não destile simplesmente, já que é nesta época do ano que a minha pele fica extremamente oleosa e transpira bastante, mesmo sem grandes esforços. Sempre usei SPF50 devido à minha extrema tendência para hiperpigmentações, e mesmo sendo oil-free, sentia que o meu rosto sufocava com demasiadas camadas de produtos, uma sensação desconfortável, e a tal longevidade e maticidade da maquilhagem nunca eram obtidas.

 Até ao dia em que me deparei com este primer. Adorei-o! Como ingredientes activos (protectores solares) contem óxido de zinco e octinoxate, e de facto controla extremamente bem a oleosidade. Há dias em que nem sequer necessito retocar o pó, o que antes seria impensável.

 

Já quanto ao Prep + Prime Skin também da Mac, que experimentei primeiro através de amostra, constatei que não me controlava a oleosidade nem me disfarçava qualquer tipo de vermelhidão, assim que apesar de saber que este primer tem muitas adeptas, posso dizer que não gostei do resultado na minha pele.

 

 Falando de primers que trabalham sobretudo ao nível da superfície do rosto, já tinha experimentado o Pores no more pore refiner da Dr. Brandt para redução dos poros e dar uma aparência "sem imperfeições", sendo aconselhado também para fotografia. Apesar do aspecto flawless que conferia ao rosto, desagradava-me a sensação de ter aquela camada de produto que eu conseguia sentir na minha pele, além de que não me proporcionava qualquer controlo da oleosidade

 

 

 Outro que, a meu ver, é semelhante trata-se do the POREfessional da Benefit, que considero ter uma textura mais leve do que o anterior, pelo menos em contacto com a pele. Apesar de também não me controlar a oleosidade, adoro o aspecto que confere à pele, já que apaga efectivamente os poros, assim que é um bom primer para quando queremos uma pele de boneca e o nosso rosto não produz tanta oleosidade, como é o meu caso nesta altura do ano.

 

 

 

 

 Outro primer que tenho e actua sobretudo ao nível dos poros, mas também como um produto de tratamento e não só de camuflagem, é o Mac Prep + Prime Skin Refined Zone, uma leve emulsão oil-free que ajuda a minimizar os poros, enquanto controla a oleosidade, sendo ideal para a zona T. Em relação a este primer, como o uso intermitentemente não posso avaliá-lo da melhor maneira, mas julgo que controla a aparência de poros dilatados, mas que o efeito somente se mantém por 4-5h na minha pele.

 

 

 Um primer todo-o-terreno, que matifica, que refina os poros e minimiza linhas finas, que ajuda a fixar a maquilhagem, que proporciona uma aplicação extremamente suave da base e restantes produtos de maquilhagem, relativamente ao qual estava reticente precisamente pela base de silicone, e que me surpreendeu pela positiva como nenhum outro tinha feito (pena não ter protecção solar! Há um SPF40 mas julgo que só está disponível na Ásia), é o Giorgio Armani Fluid Master Primer.



 

 Deparei-me com este primer numa das minhas idas ao El Corte Inglés onde, confesso, sou sempre muito bem atendida no espaço da marca, quando me deram uma amostra bem generosa. Logo na primeira aplicação fiquei fã! Este primer faz mesmo tudo aquilo que promete. É caro, mas vale bem o seu valor.

 

 Neste momento, como a minha pele está na transição de passar de mista/oleosa a reactiva/desidratada, resolvi adquirir o Beauty Flash Balm da Clarins, que sendo também um produto de tratamento, pode ser ainda usado como máscara energizante para pele stressada. Confesso que tinha criado expectativas muito elevadas em relação a este produto, mas a verdade é que não me conquistou... Promete hidratar (apesar de a Clarins alertar para o facto de que não deve ser usado como hidratante), iluminar, reafirmar o rosto, por forma a que o mesmo pareça resplandescente e relaxado. Apesar da sua fórmula oil-free considero que não aguenta a maquilhagem significativamente, que não impede a produção considerável de oleosidade e, pior, não consigo ver os tais resultados que supostamente assegura! No entanto, dado o valor do produto e a sua fama, darei mais uma oportunidade ao mesmo, mas sabendo que apesar de poder gostar mais dele do que gosto agora, não será certamente o meu primer ideal.



 No que diz respeito a primers que podem ser usados como substitutos do hidratante (em peles que não sejam secas ou muito secas) e como correctores de tons temos o HD Microperfecting Primer da Make Up Forever. Também contribuem para a criação de uma pele mais luminosa, sem imperfeições, que facilita a aplicação da maquilhagem e contribui para a durabilidade da mesma. Tenho a dizer que são bons, mas dispensáveis, a não ser que se destinem à utilização para fotografia, televisão, etc.

 Há ainda BB Creams que podem ser usados como primers, embora devido ao meu tipo de pele e pela composição dos mesmos não seja apologista desta prática.

 

 Os próximos que gostaria de experimentar são o Primer Facial Alta Definição Make B d' O Boticário, devido à textura agradável e à relação qualidade-preço e o Pore Refining Solutions Instant Perfector da Clinique (devido à questão da camuflagem e tratamento de poros dilatados).

 

 E vocês, qual a vossa opinião sobre os primers para o rosto? Quais os vossos favoritos?